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A ascensão da Chapecoense no Campeonato Catarinense propiciou uma cena rara para o clube. Em vez da tradicional viagem de ônibus, a comitiva viajou de avião até Florianópolis. O preparado físico Emerson Di Domênico, o Chinho, que é de Chapecó, disse que desde a época em que o time era patrocinado pelo Frigorífico Chapecó, em meados da década de 90, não viajava de avião.
Segundo Chinho, o desgaste físico dos jogadores é bem menor com a viagem área. Eles saíram às 5h40min desta sexta do Aeroporto Serafim Bertaso, em Chapecó, e 40 minutos depois já estavam em Florianópolis, onde puderam descansar no hotel e fazer um treinamento no fim da tarde.
O preparador avalia que se fossem de ônibus, levariam cerca de 11 horas e os atletas teriam que fazer um trabalho de desintoxicação. Assim, o técnico Roberto Cavalo pôde usar o tempo para melhorar o posicionamento.
O treinador aproveitou para dizer aos torcedores que a viagem de avião não foi por "frescura" e sim com o objetivo de melhor preparação para o confronto com o Guarani, domingo, em Palhoça.
Para o treinador, não foi à toa que o time perdeu os jogos para Criciúma, Avaí e Figueirense fora de casa. As duas únicas vitórias foram contra o Tiradentes, quando o jogo foi adiado e o grupo ficou três dias hospedado, e o Ibirama, cuja viagem demora quatro horas a menos que para a Capital.
– Isso mostra o profissionalismo que a Chapecoense está adotando – disse Cavalo.
O presidente José Paraíba Telles disse que havia prometido a viagem de avião na vitória contra o Figueirense, como um prêmio ao grupo. Segundo o dirigente, é importante o time estar inteiro para o jogo decisivo contra o Guarani.
A comitiva saiu de Chapecó com 24 pessoas. Alguns jogadores como Mazinho e Cledir, ambos de 19 anos, nunca tinham viajado de avião. Mas estavam tranqüilos na partida. Cledir disse que contou para os amigos e familiares que iria viajar pela primeira vez de avião.
– É interessante. Espero que esta seja a primeira de muitas viagens – afirmou.
De acordo com o gerente de futebol Cacau, somente o mordomo Serginho sentiu um pouco de vertigem na decolagem.
– Ele está tomando chá de boldo até agora – contou Cacau.
Mas quem realmente "amarelou" foi o roupeiro Kukinha. Ele preferiu ir junto com o motorista Régis, que foi levar o ônibus da Chapecoense para o retorno da delegação. Cacau contou que a direção iria pagar a passagem do roupeiro, mas ele ficou em dúvida e preferiu ir de ônibus.
As informações são do Diário Catarinense.
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